30 de abril de 2010

Sexta à noite

Rebelde com alma

Estivemos na apresentação dinâmica à imprensa ibérica, em Almeria, da nova Harley-Davidson Forty-Eight, uma Sportster cheia de estilo e forte inspiração old school, com detalhes atrevidos para os que gostam de aliar o sentido prático ao estético. Com pinta.

23 de abril de 2010

20 de abril de 2010

Fora da bolha

Há 19 anos dei início a um projecto que marcou o panorama editorial na área das motos em Portugal. Estabelecendo novos padrões.

Desta vez não pretendo ser melhor que ninguém. Apenas diferente. Trilhar um novo caminho. Original. Espero consegui-lo.


18 de abril de 2010

Kawasaki vence Le Mans

As 24 Horas de Le Mans correram-se este fim de semana. Com um facto curioso e anormal: não choveu. E outro: ganhou a Kawasaki.

Já há uns anos que a marca "verde" não ganhava a clássica francesa, mais concretamente há onze!!! Um bom regresso, que se saúda, numa marca que tem tido alguma infelicidade nos últimos anos no panorama da velocidade mundial. Obrigada a abandonar o MotoGP, há muito que não ganha em Superbikes e nem a Resistência lhe tem sorrido. Pode ser que o resultado de hoje, obtido por Leblanc/Da Costa/Four quebre o enguiço.

A Yamaha, Campeã do Mundo, assegurou o segundo lugar à frente de uma Suzuki que não a a oficial que desistiu cedo. A melhor Honda ficou em 15º e há uma BMW em 11º.

16 de abril de 2010

Sexta à noite

O pequeno Randy

Não que ele tenha crescido muito desde então, mas Randy Mamola já era, muito novo, um "craque" do dirt-track e piloto Yamaha. Descobri esta foto no blog do Sideburn Magazine.

Troféu Lubritex

O Troféu Lubritex foi, talvez (mas sem grandes dúvidas) a melhor iniciativa da velocidade nacional de sempre. E como quase sempre acontece "por cá" não teve continuidade. Ou a continuidade que teve subverteu de tal forma a ideia original que se perdeu.

Pilotos experientes, como Miguel Franco de Sousa, Avelino Arvela ou José Pereira, enfrentavam "putos" que nunca tinham corrido, como Carlos Arsénio, Pedro Vizela, Miguel Grealdes (estes três, infelizmente, prematuramente desaparecidos em acidentes na estrada) ou jovens que tentavam pela primeira vez a velocidade embora já tivessem experiência de outras disciplinas, casos de Bernardo Vilar, Tomás Couto e Joaquim Cidade.

Ana Matias era a responsável pela organização (ajudada por António Lopes). Veio a tornar-se grande especialista em marketing desportivo vocacionada para outras áreas. Jaime Azarujinha, ex-piloto e grande entusiasta da modalidade, percebeu a oportunidade e tornou a Lubritex uma das mais conhecidas empresas nacionais do sector.

As motos eram 125cc de estrada, tão iguais quanto possível às que se vendiam no concessionário. As corridas tinham muita gente a assistir, porque íam "à terra" das pessoaos e cada piloto arrastava fãs. Disputavam-se duas mangas.

Foi uma grande época. A minha primeira nas motos como reporter da MOTOJornal. O Alberto, claro, também por lá andava de câmara às costas. Aqui fica mais um testemunho valiosíssimo desse tempo da sua autoria.

Foi em 1987.

Trofeu Lubritex - 1ª Prova from Alberto Pires on Vimeo.

13 de abril de 2010

300

300 Grandes Prémios e a mesma paixão do primeiro dia. É obra.

12 de abril de 2010

Começou

Cinco meses durou a espera. Longo foi o Inverno do MotoGP entre as temporadas de 2009 e a de 2010 que arrancou, finalmente, ontem, no Qatar.

E arrancou bem, com emoção, espectáculo, uma invulgar luta pelos lugares da frente e um número de ultrapassagens que há muito víamos arredado da classe raínha. Não só ultrapassagens, mas pilotos que, tendo sido ultrapassados e perdido tempo, recuperavam o tempo e a posição. Isto sim, há muito não se via.

Ganhou Rossi, o que não era esperado. esperado é que ganhasse Stoner, mas o australiano, que se impusera nos últimos três anos na principal corrida do programa, depois de sair da "pole", caíu quando liderava e se afastava dos perseguidores.

Ganhou Rossi e conseguiu importante avanço sobre o seu rival da Ducati nas contas do campeonato que, é certo, só agora começou. Foi segundo Lorenzo, beneficiando de um final de corrida incrível por parte das Yamaha que conseguem funcionar como nenhuma outra quando os pneus já deram o que tinham a dar. Ben Spies, colocou a terceira Yamaha nas cinco primeiras posições (com duas com dois primeiros lugares), o que (re)confirma a M1 como a melhor moto da grelha.

Ganhou Rossi, mas acabou sem gasolina na volta de consagração. Terá o duelo com as Honda - Pedrosa inicialmente, Dovizioso depois - obrigado o quatro cilindros japonês a beber mais do que o previsto?...Ganhou Rossi e ganhou bem, porque numa corrida em que tanto se falou de velocidade de ponta, o italiano pilotava a moto que, de todas, era a menos veloz em ponta!

Dovizioso foi terceiro. Bateu-se bem. Heroicamente. Fez com que os comentadores começassem a duvidar da "crise da Honda" e passassem a falar (ainda em surdina, é certo) da "crise de Pedrosa. Está a fazer bem ao italiano a presença de Livio Suppo (ex-Ducati) na box da marca da "asa dourada". A de Suppo e, ao que parece, a dois engenheiros de telemetria e electrónica "desviados" da Yamaha no final da temporada passada.

Mas talvez "Dovi" não merecesse o pódio . Afinal, apesar da boa corrida e de ter, até, comandado por instantes, só bateu Nicky Hayden em aceleração balística para a linha de meta.

Hayden, esse, renasceu das cinzas. Finalmente ajudado por uma moto que - pelas imagens se percebe - funciona de forma homogénea, faz trabalhar as suspensões e age em sintonia com os pneus. O novo motor "big bang" faz toda a diferença. E o americano aproveita a mudança da melhor forma. Merecia o pódio. Numa corrida em que Stoner desistiu bem cedo, também foi seu o mérito de ter mantido os responsáveis maiores da Ducati "agarrados" aos monitores sem debandarem como acontecia sempre que Stoner abandonava. E essa é, talvez, a maior recompensa do fim de semana para o "rapaz do Kentucky".

9 de abril de 2010

7 de abril de 2010

Jailcation...

O vídeo "Mancation" com Colin Edwards e Ben Spies como protagonistas, que aqui postámos há dias, conheceu um episódio não revelado. É que durante as filmagens, o "Mancation" esteve a um passo de ser "Jailcation", com o aparecimento de uma patrulha policial. Tudo acabou em bem, claro.

Veja esta história, e mais, na coluna de Ben Spies ("Elbow room") para o Superbikeplanet. com.

3 de abril de 2010

Soaked Lamb

A música portuguesa tem visto nascer alguns projectos interessantes nos últimos anos. Coisas fora do "mainstream", como convém e se recomenda. O caso mais recente dá pelo nome (sugestivo!) de Soaked Lamb.

O seu ambiente sonoro (blues, jazz, ragtime..) transporta-nos para a América de entre os anos 20 e 40 do século passado. A apresentação do segundo álbum ("Hats and Chairs") da banda de Lisboa foi esta semana. O Manuel Portugal esteve lá e fez estas fotos. Entretanto podem ouvi-los em www.myspace.com/thesoakedlamb.

2 de abril de 2010

Sexta à noite

Vogais e consoantes

Os Blues foram o tipo de música que primeiro me prendeu. Ainda bem cedo, embora fosse raro encontrar e mais difícil adquirir os maiores standards do género, começando pelo "musicbook" do delta do Mississipi. "Obra" que os irmãos Lomax "levantaram" e gravaram para a Biblioteca do Congresso americano num portátil (de 60 kg) que transportavam na mala do carro, andando de terra em terra, pelas plantações, nos anos 40.

Só cheguei a Robert Johnson, Charley Patton, Son House, Big Bill Broonzy, Leadbelly, Bukka White, às primeiras gravações de Muddy Waters, John Lee Hooker e afins quando comecei a viajar e a poder adquirir "lá fora" o que por cá só chegou "a sério" com advento das mega lojas FNAC, Valentim de Carvalho e Virgin (esta durou pouco).

O Jazz foi uma descoberta tardia. Embora se ouvissem em minha casa, quando era miúdo, os standards americanos, pelas vozes de Sinatra, Peggy Lee, Ella Fitzgerald, só quando entrei nos 30 é que este estilo verdadeiramente me "bateu". Culpa de vozes femininas como as Sarah Vaughan, Billie Holliday e Nina Simone ou de tipos como Duke Ellington, Benny Goodman, Louis Armstrong, Dave Brubeck, Charlie Parker, Bill Evans, John Coltrane, Oscar Peterson, Ben Webster, Chet Baker... Miles Davis!

Tudo isto a propósito de uma conversa tida ontem com um grupo de amigos, num jantar do Cafe Racer351, sobre estilos musicais. No decorrer dessa tertúlia um amigo definiu com clareza e simplicidade a diferença entre os estilos. Disse ele: "o Blues são as vogais, o Jazz as consoantes". Perfeito.

De facto, não sabemos ler ou escrever se não conhecermos na perfeição as vogais e as consoantes. A simplicidade básica, feita de emoção e pulsar animal do Blues, por oposição à maior sofisticação e inteligência do Jazz... vogais e consoantes.