24 de fevereiro de 2011

18 de fevereiro de 2011

No topo... para começar

Miguel Oliveira entrou com o pé direito no Mundial de 125cc. Aos comandos da Aprilia da equipa Andalucia Cajasol, o piloto português esteve nos testes de pré-temporada em Valência e Estoril.

É certo que são duas das pistas que o "44" conhece bem, mas poucos estariam à espera que o Miguel fosse o quarto mais rápido no Ricardo Tormo e -só! - o mais rápido no Estoril. E começar assim , é começar bem!

16 de fevereiro de 2011

7 de fevereiro de 2011

Fim de ciclo

A saída do meu colega de profissão Mário Figueiras da revista Moto Jornal, onde era Director praticamente há 20 anos, quase um ano após a minha própria saída da Motociclismo marca, inquestionavelmente, o fim de um ciclo.

Um ciclo editorial que durou duas décadas e no qual os dois títulos citados ocuparam uma posição de vanguarda e liderança, bem destacada acrescente-se, no panorama nacional da imprensa especializada em motos. Uma semanal, outra mensal, estiveram inúmeras vezes e não por caso, antes pela valia e entusiasmo dos seus profissionais, à frente do próprio sector e da sua (fraca) dinâmica.

O Mário numa e eu noutra, tivemos o privilégio de liderar esses projectos. E acho que o fizemos bem, e com profissionalismo, desde o primeiro dia até ao momento em que saímos.

No entanto, tudo na vida tem um fim. Para sobreviverem e manterem uma posição minimamente digna no mercado, estas revistas terão de passar por uma profunda reforma que, pelos sinais dados mais recentemente, não parece estar sequer a ponto de se iniciar.

Com as suas estratégias próprias, apostando em formatos editoriais estafados, só com muita ginástica e departamentos comerciais fortes (mérito das pessoas, mais do que da organização), uma e outra vão conseguindo travar o natural declínio iniciado, sublinhe-se em abono da verdade, já há alguns anos.

Os duvidosos jogos de interesse e a fantasia dos números que "apresentam" vão sendo suficientes, por enquanto, para fintar um sector (ainda) demasiado amador, sustentado na proximidade das relações pessoais mais do que na valia dos projectos, nalguns casos mesmo bafiento e imbuído de um arrogante chico-espertismo inaceitável nos nossos dias.

É, pois, o fim de um ciclo. Os tempos mudaram e com eles a realidade das publicações, dos projectos editoriais, da imprensa e da informação como um todo.

Há que intuir novos caminhos, procurar outras vias. Abrir uma nova janela neste apaixonante mundo do motociclismo e nas formas de levá-lo ao encontro do público.

Quem quem ainda não percebeu isto, está só a perder tempo.


Ps: quero desejar ao Vítor Martins, por quem tenho grande amizade, e ao Jorge Morgado (o responsável por eu me ter tornado jornalista de motos), a maior sorte do mundo nesta nova fase da Moto Jornal, afirmando publicamente que poderão contar com a minha modesta ajuda se dela precisarem. E, claro, ao Mário, as maiores felicidades para as suas novas tarefas.

3 de fevereiro de 2011

Os primeiros sinais

São apenas as primeiras impressões, é certo, e o circuito de Sepang está longe de ser bitola para os restantes cenários, mas, como se sabe, antes começar bem que mal. E nesse aspecto, a Honda foi "a" notícia nos primeiros testes "a sério" do MotoGP para a temporada de 2011.

A "coisa" tem vindo a ser preparada há dois anos. Humilhada pela Yamaha nas últimas temporadas, a Honda não podia continuar a fazer o papel de outsider. A contratação de Livio Suppo, seguida pelo "roubo" histórico dos magos italianos da electrónica da marca dos diapasões, faziam prever uma regresso em grande forma aos lugares da frente. A chegada de Casey Stoner apenas veio confirmar a excelência do plano.

No final da temporada passada, já era visível, mas agora, na Malásia, ao fim de três dias de trabalho, o domínio da Honda foi marcante. Cinco motos nas sete mais rápidas são Honda, incluindo as que registaram os três melhores tempos, sendo que o mais veloz de todos nem sequer pertence à equipa oficial (embora disponha de material muito próximo... ou igual).

Marco Simoncelli, Dani Pedrosa e Csaey Stoner não deram veleidades à concorrência. Lorenzo e Spies foram os únicos a conseguir bater o pé aos homens da "asa dourada". Até Aoyama "ressuscitou".

Hayden foi o melhor da Ducati e Rossi não revelou o à-vontade que se desejava... como se esperava.

É cedo, de facto. Mas os dados estão lançados para aquela que promete ser uma época bem interessante, com um forte contingente competitivo por parte da Honda mas também, por isso, com a possibilidade de temível "guerrilha interna".