Aquela segunda Ducati parece amaldiçoada. Em 2007, Capirossi ainda venceu o GP do Japão numa lotaria provocada pela chuva, mas tirando esse resultado, tanto ele, como, em 2008, Melandri, coleccionaram más exibições e nunca, mas nunca, se mostraram capazes de acompanhar o ritmo imposto pelo sobrenatural Stoner.
Com Hayden, dizia-se que o panorama podia mudar. Não que o americano seja um talento muito acima da média, mas é um tipo sério, dos melhores profissionais do paddock e "marrão" como poucos. O seu estilo do condução mais selvagem e o background de dirt-track (tal como Stoner) pareciam garantais de sucesso. No entanto...
Na pré-época, Hayden "ficou a um segundo" de Stoner. Moto nova, depois de seis anos na Honda, e sobretudo, novos pneus Bridgestone em vez dos Michelin com que sempre correu, tornavam a diferença aceitável. No Qatar, os azares sucederam-se: em FP1 um problema eléctrico levou-o a trocar para a segunda moto que teve problemas de embraiagem logo de seguida. Em FP2 partiu um motor; na qualificação sofreu um "higside" monumental a 200 km/h... Com dificuldade alinhou na corrida e foi melhorando com o passar das voltas. Acabou em 12º, mas foi claramente batido pelo "rookie" Kalio na Ducati-B. Registou a sua melhor marca na última volta da corrida e saíu das arábias confiante. Mais pelo domínio que viu Stoner exercer do que pela sua própria prestação.
Conseguirá o rapaz do Kentucky vencer a "maldição da segunda Ducati"?
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