Pouco habituada a ver seriamente disputado o seu negócio, a Galp - sob a protecção mal disfarçada de uma, eufemisticamente chamada, Autoridade da Concorrência - lançou uma reles campanha contra a qualidade do combustível vendido como "marca branca".
Saíu-lhe o "tiro pela culatra". Pôs as televisões todas a entrevistar clientes nas bombas do Jumbo e do Continente e estes a afirmarem, em horário nobre, que não notam qualquer diferença no comportamento dos veículos e pôs os especialistas a afirmarem que essas gasolinas cumprem todos os requisitos técnicos e formais e que, estando à venda, nem poderia ser doutra forma.
As "grandes", em conluio, todas vagarosas a ajustar para baixo os preços quando o preço do barril desce, mas céleres a fazê-lo para cima quando este sobe, não gostam de lidar com concorrência e dão-se mal com regras de mercado. Os milhões que este negócio gera são um bolo demasiado grande para se cair em "liberalismos". E com o aparecimento das marcas brancas, 30% de quota de mercado já foi ao ar...
Esta atitude por parte da gasolineira do Estado revela, por outro lado, e sem surpresa, o perfil dos políticos que lá são colocados em regime de pré-reforma milionária.
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