Há qualquer coisa como vinte anos - mais um, menos dois - que não guiava uma scooter com mudanças no punho. Penso que terá sido ainda nos meus tempos da Moto Jornal (1987-1991). Embora este tipo de moto não me possa ser de todo estranha, pois aprendi a conduzir numa Heinkel (é verdade!...) deveria ter uns 11 ou 12 anos, já lá ía tempo...
A cultura Vespista sempre me fascinou. O meu próprio Pai foi um Vespista dedicado nos anos 50 do século passado (dos primeiros, portanto) antes de se tornar - a ele e a mim - num Triumphista. A verdade é que nunca me "puxou" para a máquina nascida do génio de Corradino D'Ascanio e da visão de Enrico Piaggio. Manias...
No entanto, por força de um trabalho que a REV Motorcycle Culture vai publicar na sua próxima edição (à venda a 22 de Novembro) tenho tido o grato prazer de "conviver" com uma das PX 125 que a Piaggio, em boa hora, voltou a comercializar, ainda e sempre com o motor a dois tempos, com o inconfundível zumbido que lhe deu nome e fez escola. E agora, para mais, capaz de cumprir as mais recentes normas europeias de emissões poluentes.
Estou a adorar! A velocidade moderada, as mudanças de punho, incluindo os "pregos", a agilidade, o desenho, tudo na pequena Vespa me tem vindo a cativar e me tem obrigado a olhar para o fenómeno com outros olhos. Já não era sem tempo...
Afinal, a PX 125 não é uma imitação da "coisa"; não é, sequer, uma homenagem à "coisa". A PX 125 é a própria "coisa".
Apesar de tardio, serei eu um Vespista?...
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