De Borgo Panigale a Bolonha é uma linha recta. O calor imenso de um dia de viagem ainda se fazia sentir na brisa abafada do fim daquele 29 de Junho de 2008. A Espanha preparava-se para bater a Alemanha na Final do Euro, mas nós, que no dia seguinte iríamos de visita à fábrica e ao Museu da Ducati, tudo o que queríamos era encontrar um restaurante simpático e calmo para uma refeição retemperadora.
Entrámos às apalpadelas na cidade. Pouco trânsito... mas quatro motos forasteiras às voltas na busca do “caminho para o centro” numa cidade desconhecida esgotam a paciência e aumentam o apetite. Nem com o GPS do Fernando lá íamos…
De repente, à terceira volta no mesmo bairro, uma patrulha da Polizia Municipali no nosso caminho. Se quem tem boca vai a Roma… Porque não também jantar em Bolonha?!... Difícil, é Domingo, muita coisa fechada, alguns cafés mas mais vocacionados para a final da bola do que para a restauração, no entanto… Conversa puxa conversa, de onde vêm, para onde vão, de onde são? Portugueses… “Ah, bello Estoril… me piace molto”. Os agentes conheciam Portugal. E gostavam. E de sardinhas e de vinho verde e de marisco. Afinal, estávamos era em casa.Ora bem, restaurantes; por aqui, por ali, este não que está fechado, por aqui vocês não podem ir porque as ruas são interditas ao Domingo… “benne, faciamo cosi”.
E foi assim, que naquele belo final de dia, em Bolonha, os motociclistas portugueses tiveram direito a escolta policial até à porta do simpático restaurante, bem no centro da cidade.
Grazie amici.
A Speed Triple à porta do Hotel em Borgo Panigale
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