O “board-track” era, nem mais nem menos, do que uma pista oval, com curvas em “banking” (inclinadas) com o piso em… tacos! Isso mesmo, tacos de madeira, ripas de 5x10 cm. A primeira foi construída em 1910 perto de Playa del Rey, na California, e chamava-se, com a pompa com que os americanos sempre gostam de pôr nestas coisas, Los Angeles Coliseum Motordrome. A terminologia vinha por afinidade com os “velodromes” franceses destinados a corridas de bicicletas.
Até aos anos 20, os “nacionais” de duas e quatro rodas, corriam-se em “board-tracks”. No início da década seguinte havia mais de duas dezenas de “motordromes”, com particular destaque para os de Beverly Hills, Atlantic City, New Jersey e Brooklyn.
Em 1919 foram proibidas as corridas de motos nestes recintos, pois desde cedo que os acidentes começaram a transformá-los em “muderdromes”, com mortos e feridos entre pilotos e espectadores.
Já imaginaram o que seria correr de moto – com aquelas motos, aqueles pneus e sem travões - em cima de ripas de madeira? Alguns dos acidentes, fatais e não só, entre motociclistas derivavam do facto dos tacos se desprenderem e, projectados pela moto da frente, acertarem no piloto que vinha atrás.
Isto, e o elevado preço que custava a manutenção das pistas, levou ao seu abandono progressivo e à projecção de um novo tipo de corrida, nas praias (como Daytona) ou nas pistas de terra, dando origem ao dirt-track.
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