Um dos maiores problemas nacionais em matéria de segurança rodoviária prende-se com a condução sobre o efeito do alcool. Esta semana tivemos mais um triste e lamentável exemplo. Um homem morreu ao conduzir o seu automóvel quando chocou de frente com outro veículo que entrara numa rotunda pela esquerda. O condutor deste segundo carro tinha uma taxa de alcoolemia superior a 1,3.
Foi identificado, apresentado a um juiz e libertado. Escapará facilmente com inibição temporária de condução, multas e trabalho comunitário. Voltará a conduzir e a beber. E a conduzir bêbado se lhe apetecer. A vítima deixa viúva e um filho de sete anos.
Quando no Governo Guterres se tentou reduzir a taxa de alcoolemia para 0,1 (creio), o lobi do vinho ergueu as vozes em protesto. O Governo, como todos os Governos fracos, refém das sondagens, recuou. Afinal, já dizia o Professor de Santa Comba, beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses. E matar uns quantos, apetece acrescentar.
A estradas portuguesas matam, ferem, estropiam e tramautizam para a vida, mais que a Guerra do Ultramar. A condução sob o efeito do alcool e da droga é o pior dos "turras", sempre pronto para uma emboscada mortífera.
Nos ultimos tempos tem havido um esforço grande por parte das autoridades em diminuir o flagelo, através de mega-operações de fiscalização, especialmente em noites "críticas" e locais de "diversão" nocturna.
Não chega. A legislação tem de ajudar. Quem mata ao volante, provada a culpa, não pode voltar a conduzir nunca mais.
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