5 de fevereiro de 2009

Batalha perdida

Admiro e aprecio o esforço dos organizadores da Expo Moto, na Batalha. A seu tempo souberam explorar uma oportunidade de negócio e desenvolvê-la. A exposição de motos que anualmente realizam, corresponde a uma dedicação que é digna de ser apreciada. Mas.

É pública a minha posição sobre o que deve ser uma exposição de motos de âmbito nacional e porquê. No entanto, nos últimos anos, a oportunidade de tornar a Moto Expo, na FIL, um certame indiscutível - e unânime no sector - perdeu-se. Por desentendimentos em geral, pouco empenho de alguns e incapacidade de união entre os agentes do sector. Some-se a isto a dificuldade que a FIL tem para “encaixar” exposições de nichos de mercado (e as motos são-no cada vez mais) na sua lógica empresarial e temos algumas explicações mais claras para o insucesso. A Batalha surge como um mal menor.

Infelizmente, a Expo Moto deu, novamente este ano, uma imagem pobre (nalguns casos “pindérica”) do sector das motos em Portugal. O contraste entre a estrutura da Suzuki ou da Yamaha e os “stands” de alcatifa era gritante. O recurso aos “mata-velhos” para encher, a deficiente iluminação de algumas áreas e inegável pequenez do espaço, são aspectos que não contribuem em nada para a melhoria da imagem do motociclismo, das suas empresas e das pessoas a ele ligadas.

É a crónica tendência nacional para o “pequenino mas jeitosinho”, para a “ajudinha”, para o “jeitinho”. Se isto é o “salão nacional” a que temos direito, se calhar é mesmo porque não merecemos melhor.

Foto: Luís Duarte (Revista MOTOCICLISMO)

1 comentário:

  1. Gostei mais deste ano, pelo facto de ter sido melhor do que a do ano passado. Claro que existe sempre um "MAS", logo nunca será uma exposição que represente um país, mas sim de um território situado junto ao mar.

    Boas curvas

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