30 de junho de 2009

Volunteer e Lima ½ Miles

As segunda e terceira etapas do “Grand National” do Flat track americano reservado às motos bicilíndricas, correram-se em Bulls Gap, Tennesee, e Lima, Ohio. Ambas as provas foram dominadas pela Harley-Davidson – como quase sempre acontece – com Sammy Halbert a impor-se na “meia milha” da oval de Volunteer e Bryan Smith a levar a melhor em Lima, no último Domingo. Jared Mees, segundo nestas duas provas, é o líder do campeonato, apesar de ainda não contabilizar nenhuma vitória nas três jornadas já disputadas. Smith que se impusera na primeira prova (a milha de Springfield) foi desclassificado devido a irregularidade técnica, pelo que a vitória nessa prova foi atribuída a Kenny Coolbeth, o portador da almejada placa Nº1.

Volunteer ½ Mile

1. Sammy Halbert (Harley-Davidson)
2. Jared Mees (Harley-Davidson)
3. Kenneth Coolbeth (Harley-Davidson)
4. Bryan Smith (Harley-Davidson)
5. Matthew Weidman (Harley-Davidson)

Lima ½ Mile

1. Bryan Smith (Harley-Davidson)
2. Jared Mees (Harley-Davidson)
3. Sammy Halbert (Harley-Davidson)
4. Matthew Weidman (Harley-Davidson)
5. Glen Schnabel Jr. (Harley-Davidson)

Grand National Twins – Campeonato após três provas

1. Mees, 59 pontos
2. Halbert, 50, 1 vitória
3. Carr, 50
4. Coolbeth, 47, 1 vitória
5. Weidman, 42

Bryan Smith impôs-se em Lima

Sammy Halbert venceu em Bulls Gap e é segundo no Campeonato

Partida para uma das mangas em Bulls Gap

Momentos iniciais da Final da 1/2 milha na oval de Volunteer

Acção na Final de Lima com Halbert e Smith a discutirem a liderança

"Por conta", dizem eles...

Ontem o Ministro Teixeira dos Santos anunciou o fim da crise. Que já se vê, diz... No mesmo dia, lá fui emprestar mais 350 euros ao Estado. Dizem que é "por conta" de eventuais lucros que venha a ter este ano. E que é especial.

"Por conta" de otários nos tem este Governo que, para além de carregar a classe média de impostos sobre impostos, de nos obrigar a pagar a vidinha de quem nada faz, ainda nos pede dinheiro emprestado.

29 de junho de 2009

Great McCoy

Não faltou quem torcesse o nariz à contratação de Gary McCoy pela Triumph para a defesa das suas cores no Campeonato do Mundo de Supersport, aos comandos da inebriante 675 tricilíndrica. Que estava velho, que nunca ganhou nada.

Sempre achei que a extrema experiência do piloto australiano acabaria por pagar dividiendos. Aconteceu este fim de semana, em Donington, com o primeiro pódio da marca inglesa neste Campeonato.

Um doce para quem me souber dizer quando foi a última vez que a Triumph obteve um pódio numa prova de um Campeonato do Mundo.


Apontamentos de férias

1- Seguir à distância (via RTP Internacional) a “novela” da tentativa de compra de acções da TVI por parte da PT teve a vantagem de dispensar o acessório, o “ruído” da contra-informação e das opiniões, e concentrar a atenção no essencial. O Governo pretendia silenciar uma cadeia de televisão incómoda através de uma jogada subterrânea e baixa, onde não faltava o “detalhe” da garantia do emprego dourado nos quadros da PT para o actual director de informação da estação.
Numa sucessão de declarações contraditórias, o PM “y sus muchachos” fizeram de donzela inocente (o seu papel preferido quando não estão a fazer de lobo mau). Afinal sabiam de tudo, como se pode ler na primeira página do Expresso do último sábado: http://impresa.newspaperdirect.com/epaper/viewer.aspx
Ou seja, mentiram descaradamente. Uma vergonha.

2- Venho desiludido de Cuba. O País de Fidel tornou-se no Algarve do Canadá. Não há trolha canadiano que não faça umas “vacaciones” a fumar charuto e a beber “mojitos”. E como até os trolhas do Canadá têm mais “guito” que a classe média portuguesa, a “ditadura da gorjeta” roubou a simpatia e natural espontaneidade dos locais. Há dez anos – quando ali estive pela segunda vez, e última antes desta – vivia-se, mesmo nos resorts “all inclusive”, um “cubanismo” latente e saudável que contribuía para o pitoresco da situação e era mesmo o principal sustentáculo do seu charme. A industrialização do turismo de Varadero destruiu essa riqueza, tornando o local impessoal, infraestruturalmente desenvolvido mas descaracterizado.

3- Enquanto me lembrar desta viagem, não me meto noutro voo transatlântico em “económica”. Já não aguento oito horas de voo com os joelhos no peito e as costas da cadeira do passageiro da frente nos queixos. Irra.

4- Uma semana (deliberadamente) sem notícias das motos não é fácil. Ontem, lá estive que estar colado à internet a rever tudo o que se passou.

5- Mas… o Michael Jackson estava vivo?!

19 de junho de 2009

A "Estrada" está a banhos

Se me quiserem encontrar... estou aqui. No mar das Caraíbas. Volto dia 28. Um abraço a todos.

Sexta à noite

18 de junho de 2009

Quero a minha XJR de volta

Não sei se se lembram do exercício estilístico da BMW com a apresentação da sua Lo Rider?! Agora o site http://www.speedjunkies.gr/ fez algo semelhante com uma Yamaha XJR. Até me deu saudades da minha. Ora vejam.

17 de junho de 2009

Michel Vaillant

Michel Vaillant foi um dos primeiros heróis da minha infância. Para quem, como eu, praticamente aprendeu a ler pela revista semanal Tintin, o herói das corridas foi desde cedo companheiro de imaginação e brincadeira.

Vaillant ensinou-me a importância da amizade, da camaradagem e do trabalho em equipa. Deu-me a conhecer paisagens, personagens e acontecimentos históricos. Semeou o meu gosto pelos desportos motorizados.

Tive o grato prazer de conhecer pessoalmente Jean Graton (o seu criador), entrevistando-o para o jornal MOTOR nos anos '80.

Ainda hoje releio com paixão as aventuras de Vaillant, Warson e companhia. Aqui ficam as capas de três dos meus albuns preferidos: "O Circo Infernal", "O fantasma das 24 Horas" e, claro, "Rodeo sobre duas rodas".

16 de junho de 2009

Dick Mann

Dick "Bugsy" Mann foi um dos mais versáteis pilotos do AMA Grand National Championship com vitórias nas diferentes especialidades que formavam aquele campeonato. Ganhou nas provas de motocross, nas "short-tracks", "half-miles" e "miles" do flat track e nas pistas de velocidade, a caminho dos seus dois títulos americanos.

A sua carreira não foi só bem sucedida - 24 vitórias nas diferentes especialidades - foi também particularmente longa, tendo começado em 1952 (como amador) e terminado só em 1974. Mann nasceu em Salt Lake City, no Utah, em 1934, mas foi quando se mudou para a California (Richmond) que começou a pensar em correr. E fê-lo com sucesso e paixão ao longo de todos aqueles anos.

Trabalhou como mecânico na BSA, em Oakland, marca que representou em quase toda a sua carreira. A primeira vitória numa prova do Grand National aconteceu no TT de Peoria, Illinois, em 1959. Só ganharia o primeiro título 13 anos depois, em 1963 e teve de esperar mais oito para ganhar o segundo.

O seu maior sucesso aconteceu em 1970 quando venceu as prestigiadas 200 Milhas de Daytona, com uma CB 750, naquela que foi a primeira vitória da Honda numa prova do AMA GN. Mann correu contra uma forte oposição, especialmente materializada no ex-Campeão do Mundo de Velocidade, Mike Hailwood, a correr - ironicamente - para a BSA e nos jovens Gene Romero e Don Castro, pela Triumph, que viriam a ser segundo e terceiro.

No ano seguinte, com 37 anos, Mann regressou à BSA para repetir a vitória em Daytona e conseguir o seu segundo título AMA. Em 1972 e 1973, ainda era competitivo terminando o campeonato nos dez primeiros quase com 40 anos de idade. Só por uma vez, entre 1957 e 1974, ficou fora do "top-ten".

Retirou-se em 1974, após 230 corridas e 24 vitórias como profissional. Mas não estava acabado. No ano seguinte qualificou-se para os ISDT (hoje ISDE), representando a selecção americana, e ganhou uma medalha de bronze. Em 1988 foi nomeado para o Hall Of Fame da American Motorcyclist Association.

Gary Inman, editor da "Sideburn magazine", entrevistou-o para o mais recente número desta revista especializada em dirt-track. Retenham estas palavras de Dick Mann:

"Percebi cedo que não era um Joe Leonard ou um Everett Brashear em categoria e talento, por isso preparava as minhas motos para acabarem as corridas e serem razoavelmente competitivas sem gastar muito dinheiro nelas. O meu principal objectivo era ter uma vida, não ser um herói. Foi por isso que tive uma carreira tão longa."

Mann, no "Victory Lane" de Daytona, em 1970, com a Honda ladeada pelas Triumph de Gene Romero (primeiro plano) e Don Castro

15 de junho de 2009

São só 7,5 mil milhões de euros

Apesar da crise (o meu patrão disse-me hoje que vou ter uma redução de salário de 10%), apesar do cartão vermelho dado pelos portugueses ao governo nas eleições europeias (única razão que levou o "povo" às urnas), apesar de Portugal estar completamente falido, o original Ministro da Obras Públicas desta República foi hoje ao Parlamento dizer que o projecto do TGV é para manter (http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1386681).

O custo previsto para a empreitada é de 7,5 mil milhões de euros!!!!...

Alguém percebe uma coisa destas?

O mestre e o aprendiz


Valentino Rossi provou ontem, na Catalunha, continuar a ser o melhor piloto do Mundo. A sua ultrapassagem a Jorge Lorenzo na última curva da corrida, por um espaço que parecia inexistente (à Rossi, portanto), mantém o Rei no seu trono no que à capacidade técnica e motivação psicológica diz respeito.

Mas há todo um novo cenário a considerar no palco mais visível do motociclismo de competição. Os anos em que o talentoso italiano destruía os seus adversários mentalmente acabou. Gibernau nunca mais ganhou uma corrida depois de Rossi o ter humilhado certo dia na Catalunha, em frente ao seu público; Biaggi cai só de sentir Rossi encostado ao rail a ver uma corrida (SBK em Misano, há uns anos).

O primeiro sinal foi dado por Stoner, que respondeu com indiferença aos jogos mentais de Valentino; mas Stoner foi levado ao extremo e cedeu por uma vez, no duelo de Laguna Seca. O australiano levantou-se, sacudiu-se e está de novo pronto para a luta.

Com Lorenzo – para mais, seu companheiro de equipa – a situação é distinta. O maiorquino não responde com indiferença, responde à letra. Olha o seu rival nos olhos e diz-lhe que não o teme. E esta é a grande diferença.

Cena 1: na conferência de imprensa conjunta pré-GP da Catalunha, quando Lorenzo respondia aos jornalistas, Rossi começou a falar baixinho com outros pilotos, distraindo e perturbando. Em vez de tentar ignorá-lo, Lorenzo calou-se, olhou para Rossi e foi este que teve de calar-se e pedir desculpa.

Cena 2: depois da vitória na corrida, Rossi saíu do parque fechado, saltou o muro das boxes e foi a meio da pista saudar o imenso público que estava na bancada em frente. Vendo-o, Lorenzo saíu de onde estava, saltou o muro das boxes, passou o meio da pista, subiu outro muro e, junto à rede das bancadas, saudou e agradeceu o apoio do público, “dizendo" ao seu colega de equipa “tudo o que fizeres, eu também faço e até mais”.

Poucos, ou nenhum, teriam resistido às duas ultrapassagens de Rossi no final da corrida: a primeira, por fora, na travagem para a curva 1; a segunda, já na última volta, na entrada para a curva 4. Às duas Lorenzo conseguiu responder. Só não previu a da última curva.

O “mestre” continua a ser Rossi, mas um “aprendiz” como Lorenzo, nunca o Rei tinha encontrado.

13 de junho de 2009

24 heures du Mans

Uma coincidência alicerçada em anos e anos de história faz com que as duas provas de maior tradição e "pedigree" do desporto motorizado, de duas e quatro rodas respectivamente, se corram na mesma semana. Ontem terminou o Tourist Trophy da Ilha de Man, hoje é dada a partida para as 24 Horas de Le Mans.

A magia e o ambiente desta prova é algo único e irrepetível. A sua réplica para motos não tem metade do impacto emocional. Tive o grato prazer de ter estado em Le Mans muitas vezes, em reportagem para os jornais e revistas para as quais trabalhei nestes já longos 27 anos de carreira, mas nunca esquecerei as três primeiras vezes para cobrir o evento em 1984, '85 e '86. Em 1984, ainda com 19 anos; o que terá feito de mim - provavelmente - o mais jovem jornalista português das 24 horas.

Daqui a pouco arranca a edição de 2009 (o Eurosport, internacional e 2, vai fazer a transmissão integral). Audi e Peougeot perfilam-se para mais um dos míticos duelos entre marcas na pista francesa. Na "pole" está um Peugeot. Da segunda fila, com o terceiro tempo, sai o português Pedro Lamy. Que bonito seria a sua vitória.

História

Pela primeira vez, um português correu a prova mais antiga e mítica da história do motociclismo mundial. Luís Carreira esteve no Tourist Trophy da Ilha de Man e acabou a semana da melhor forma. Foi 18º e melhor "rookie" na corrida mais importante da jornada: o SeniorTT.

O piloto da Suzuki já tinha sido 30º em Superstock e fora desclassificado nas Superbikes devido a um erro de "maçarico". A vontade de voltar será muita e, se o conseguir, Carreira poderá, mais ambientado, fazer ainda melhor.

Steve Plater ganhou a prova e estabeleceu novo record oficial do circuito ao efectuar uma volta à média de 210,5 km/h (131,5 mph). Impressionante.

12 de junho de 2009

Sexta à noite

"Mundial" arrancou há 60 anos

Tudo começou há 60 anos. Faz amanhã. A primeira jornada pontuável para o Campeonato do Mundo de Velocidade de Corridas em Estrada (tradução literal) foi a prova reservada a motos de 350cc (Junior TT) no programa do Tourist Trophy de 1949.

Freddie Frith (na foto), um "veterano" da Ilha de Man, aos comandos de uma Velocette, venceu essa e as restantes quatro provas que compunham o calendário para se sagrar o primeiro Campeão do Mundo de Velocidade de 350cc. Abandonou a carreira no final dessa temporada.

10 de junho de 2009

Dia de Portugal

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo fátuo encerra.

- Fernando Pessoa, in Mensagem

9 de junho de 2009

Rossi e "Ago" juntos na Ilha

Valentino Rossi foi à Ilha de man a convite da Dainese. Deu uma volta, pela primeira vez, ao traçado do Tourist Trophy e ficou impressionado. Quem não fica? Até um multi Campeão do Mundo de motociclismo.

Impressionado e satisfeito por não ter de correr ali para o "mundial" como muitas vezes fez o seu "guia especial" ao longo dos 60 km de traçado - Giacomo Agostini, dez vezes vencedor do TT.


Foto do MotoGPone.com

Não aconselhável a pessoas sensíveis

8 de junho de 2009

Saber respirar

Viver na sombra de uma grande estrela tem, certamente, desvantagens. Mas também traz algumas conveniências. Uma delas é a dos holofotes estarem constantemente virados para o outro lado. Os erros são mais perdoados; as falhas menos vistosas; os méritos sobressaem mais.

Jorge Lorenzo tem vivido "tapado" pelo brilho de Valentino Rossi, um dos maiores motociclistas desportivos de sempre. Como poucos em semelhante circunstância, o maiorquino consegue gerir essa situação de forma muito sensata e coerente. Nada do que se previa quando, ainda cheio de basófia, deixou as "dois e meio" a caminho do grande palco do MotoGP.

No ano passado conseguiu um conjunto brilhante de resultados para um "rookie". Mas ía depressa demais. Provavelmente empurrado pelo "experior". Teve o sangue frio e a inteligência para saber que o caminho que havia de traçar, teria que ser traçado pela sua vontade, não pela de terceiros. Por isso não se deixa impressionar com a imprensa. Usa-a. Por isso despediu (amigavelmente) o seu "eterno" manager no final da época passada. Atitude que o distingue do arqui-rival Pedrosa.

Lorenzo descobriu a espiritualidade para ultrapassar a dor física. Hoje utiliza-a para se concentrar e motivar. "Tenho frequentado aulas de relaxamento", confessa, "aprendi a descontrair muito depressa, concentrando-me apenas na respiração."

"No dia da corrida sinto sempre um nó no estômago e isso tira-me energia." No Japão, onde veio a conseguir a primeira vitória desta temporada, "começou logo de manhã. Antes da corrida pus os 'headphones' e concentrei-me na respiração, com a ajuda das guitarras dos 'Red Hot Chili Peppers' - o meu grupo favorito para o efeito." Nesse dia bateu Rossi por 1,3 segundos.

Lorenzo segue uma técnica terapêutica chamada Sofrologia, menos popular e divulgada que o Ioga ou outras semelhantes. "Ensina-nos a descontrair, controlando a respiração e a melhorar o nosso pensamento eliminando os aspectos negativos. Vou a uma sessão por semana." E prossegue. "A maioria das pessoas respira demasiado depressa, o coração bate muito rápido e ficam demasiado tensos."

Pode ser este o segredo de um piloto que, apesar de ter apenas 22 anos, parece crescer a cada saída para a pista. Em 2008, Jorge Lorenzo foi "rookie" do ano na sua primeira temporada com a Yamaha M1 e quarto no Campeonato. A "respirar" desta maneira não me admiraria se conseguisse um resultado bem melhor em 2009.

Beleza eterna

Para desanuviar da seriedade do fim de semana. A personificação do 'glamour': Rita Hayworth e Ava Gardner. Lindas.


7 de junho de 2009

Luxembourg, trois points; Luxembourg, three points

E prontos. Como ninguém sabe ao certo para que serve o Parlamento Europeu a não ser para dar empregos dourados a uns quantos políticos cumpridores, incómodos ou fantoches, a abstenção foi apenas de (previsão) 65%. Não foi mau. Soubessem os votantes ao que íam e seria muito maior.

Aqueles que são pela Europa multi-cultural, multi-nacional, com respeitos pelas Nações, pelas tradições e pelas diferenças, acharam coisa melhor para fazer hoje que "ir às urnas"; quem acha que devemos ser todos belgas (ou lá o que é) foi "exercer o dever cívico".

Houve também quem quisesse dizer ao "Zezito" que em Outubro "leva mais".

O que não se conseguiu ultrapassar foi o ar de Festival Eurovisão deste "concurso", nem na ausência de um debate sério de ideias, nem nas tristes imagens da campanha tipo "o circo chegou à cidade".

......

E agora vou ali à sede do BE fumar um charro...

6 de junho de 2009

O Dia dos Dias

6 de Junho de 1944. Dia D. O desembarque aliado na Normandia foi há 65 anos.
Uma curta homenagem aos que, nessa data, deram a sua vida pelo nosso futuro.

5 de junho de 2009

The Harbortown Bobber

Os nossos conhecidos Scott di Lalla e Zack Coffman, depois dos sucessos Choppertown e Britown, voltam à carga com mais um filme documentário sobre a cena motociclística californiana.

Desta vez com “The Harbortown Bobber”. O vídeo promocional, aqui:

Sexta à noite

4 de junho de 2009

O TT de 1939

Esta semana e a próxima, numa Ilha no meio do Mar da Irlanda, decorrem os treinos e as provas da "Mãe de todas as corridas": o Tourist Trophy da Ilha de Man.

A sua história de mais de um século está recheada de episódios que dão livros. Recentemente saíu um novo, diferente dos restantes já que toca num tema tabu, muitas vezes, diplomaticamente ignorado: a vitória Nazi no TT de 1939.

A Alemanha de Hitler tentava impor a alegada superioridade da sua raça em mais que um palco. Com as Olímpiadas de 1936 em Berlim deu o mote. Mas também nas pistas, em quatro e duas rodas, os novos "Senhores da Europa" procuravam bater todos os rivais.

A 16 de Junho desse ano, Georg Meyer, a estrear-se no TT, impôs a BMW R50 de compressor, e um inglês, Jock West, conseguiu a segunda posição. Domínio esmagador. Pela primeira vez, um piloto estrangeiro, aos comandos de uma moto estrangeira, vencia o mítico Senior TT, simplesmente a prova mais importante de toda a temporada (mesmo antes de haver Campeonato do Mundo). A bandeira Nazi foi hasteada.

Três meses depois, a 1 de Setembro, a Alemanha invadia a Polónia, dando origem à II Guerra Mundial. Só voltou a haver TT em 1947.

O livro é de Roger Willis.

Nas fotos: capa do livro, Georg Meyer a "voar" e Jock West a "aterrar". Veja também o vídeo do YouTube.

3 de junho de 2009

Hot-Rods

A filosofia Hot-Rod tem, nas quatro rodas, a mesma génese que, nas motos, tiveram as "boobers" primeiro, e posteriormente muitas outras tendências. Transformar as carroçarias originais, dsipensar o superfluo, dotar o motor de mais potência para se entrentarem numa qualquer "dragstrip".

Para além da técnica, o resultado estético é único. Ainda hoje, esta filosofia tem grandes seguidores. Aliás, parece estar a renascer. Deixo algumas imagens captadas quando de um dos habituais festivais de velocidade de Bonneville Salt Flats.

2 de junho de 2009

Rodas quadradas

O Engenheiro Manuel Romão é um genuíno entusiasta. Um profundo conhecedor do mundo automóvel, apaixonado das corridas e "harlista" dedicado. Foi um dos pioneiros que levou, pela primeira vez, os UMM a Dakar. Lembram-se? Três à partida, três à chegada!

A diferença de idades entre nós não é muita, mas é a suficiente para andar eu no Liceu e ele já escrever no jornal Autosport que, semanalmente, devorava.

Apesar de também ter passado pelo jornalismo automobilístico, só nos conhecemos pessoalmente quando nos comecámos a encontrar nos eventos da Harley-Davidson e, como manda a tradição, a partilhar almoços e quilómetros. Fomos, e viemos, a Barcelona à comemoração dos 100 anos da marca americana e divertimo-nos à brava. A foto que ilusta este texto é dessa viagem (o Manel no meio, ladeado por mim e pelo Doutor João Goulão, outro bom amigo).

Já há algum tempo que não tinha notícias, até que um sms na passada sexta feira me avisava da existência do http://rodasquadradas.blogspot.com/. Caro Manuel Romão, é um prazer voltar a ler-te, como nos tempos do Liceu.



1 de junho de 2009

125cc Carta B

Tardou, mas a persistência de alguns - com o deputado motociclista Miguel Tiago à cabeça - fez com que se concretizasse. Muitos anos depois do "resto da Europa", Portugal viu aprovada a Lei do acesso à condução de motocicliclos de 125cc e potência limitada aos possuidores de carta B.

O que não tardou foi o protesto da ANIECA, associação das escolas de condução que vêem, nesta Lei, uma ameaça ao seu negócio. Disse (ao que parece, pois recorro a citações) o Presidente da dita associação que "as pessoas não estão sensibilizadas para questões de segurança como os ventos laterais, entre outras". Confesso que tentei não me rir quando li isto, mas não consegui. Há quem não tenha - mesmo! - noção do ridículo. E, não sabendo do que fala, mais valia estar calado.

Supõe-se que o citado cavalheiro deseje que todos aqueles que agora têm acesso à condução de motociclos tenham de ser sujeitos ao RIGOR e QUALIDADE da formação das "suas" escolas. Sobejamente conhecida de todos nós e, especialmente, dos recém encartados.

Talvez tenham mesmo que ser sujeitos ao RIGOR e à QUALIDADE do ensino daquela escola que "formou" a senhora que ontem, na A2, inverteu a marcha porque se enganou e com isso provocou um acidente em cadeia.

Fosse o Presidente da ANIECA uma pessoa com umas vistas um bocadinho menos curtas e perceberia facilmente (1+1=2) que muitas das pessoas que vão começar agora a conduzir uma scooter, vão querer uma "coisa melhor" e, por isso, vão acabar por tirar a carta de condução, exactamente o que aconteceu noutros países. O que não aconteceria se não lhes fosse concedido este primeiro acesso.

Às vezes basta pensar antes de abrir a boca.