31 de agosto de 2011

22 de agosto de 2011

Peoria TT 2011

Teve lugar no fim de semana que passou uma das maiores clássicas do motociclismo norte-americano, o Peoria TT, que decorreu num ambiente de homenagem ao recentemente desaparecido Gary Nixon, com organização e muitos pilotos a usarem a t-shirt "Gary Nixon Enterprises".

A prova terminou com a sétima vitória consecutiva de Henry Wiles (Kawasaki nº17) à frente de Jared Mees (Honda nº9) e Sammy Halbert (Yamaha). No GNC-Expert Singles (monociclíndricas) Halbert lidera, à frente de Jake Johnson, Jared Mees e Heny Wiles. No GNC- Expert Twins (biclíndricas), o domínio vai pertencendo a Jared Mees, vencedor de três das seis provas já corridas. Seguem-se Bryan Smith, Sammy Halbert e Kenny Coolbeth Jr. No combinado, Sammy Halbert é o líder após 14 provas, com quatro vitórias, à frente de Jared Mees (3 vitórias), Jake Johnson e Kenny Coolbeth Jr, ambos com duas vitórias.

O campeonato deveria prosseguir no próximo fim de semana com outra clássica - a Milha de Indianapolis - mas a recente tragédia verificada no recinto da feira, com a queda da cobertura de um palco, impede a abertura do recinto e, consequentemente, a realização da prova.


17 de agosto de 2011

Castiglioni

Faleceu Claudio Castiglioni. O meu amigo David Félix escreveu no fórum caferacer351.com o seguinte texto de homenagem. Com a devida vénia, aqui reproduzo:

A partir dos "restos" da Aermacchi ajudou o seu pai a levantar a Cagiva.

Fundou a CRC. A referência no design nas duas rodas.

Comprou a Ducati numa fase moribunda. Tornou-a competitiva. Tornou-a rentável. Tornou-a na marca visualmente apelativa que é hoje.

Colocou a Cagiva no GP500. Por outras palavras, colocou uma marca Europeia no GP500.

Fez renascer a Husqvarna.

Fez renascer a MV Agusta.

Fecha-se hoje um capitulo na história do Motociclismo Mundial. Sobretudo Europeu.


12 de agosto de 2011

De Pai para filho (o rescaldo)

Em relação à viagem que efectuei com o meu Pai, em 1974, o país parece outro. Desta vez, com o meu filho mais velho, apesar de um ritmo bastante contido, fomos mais céleres. Demos a "volta" em quatro dias apenas; dois para cima, com dormida na Figueira da Foz, um no Porto, outro para baixo.

Mas o objectivo foi cumprido e se, no final do primeiro dia, o João, claramente, sentia falta das brincadeiras com o irmão, à partida para o último perguntou-me se podíamos ficar mais um dia...

Aqui ficam apenas alguns "retratos" a marcar o trajecto. Acho que a expressão dos rostos de ambos explica tudo.

Ericeira

Lagoa de Óbidos

Serra da Boa Viagem

Costa Nova

Porto

Reabastecimento após Coimbra

7 de agosto de 2011

De Pai para filho

Em Agosto de 1974, o meu Pai levou-me na minha primeira "grande" viagem de moto. Eu tinha 10 anos. Carregámos a Heinkel Tourist e partimos para o norte, vestidos de igual... Uma semana que nunca mais esqueci e talvez tenha marcado muito do que acabei por ser.

Porque acredito em tradições, amanhã, 37 anos depois, parto para fazer a mesma viagem levando à pendura o meu filho mais velho que completa 10 anos neste mês de Agosto.

5 de agosto de 2011

R.I.P. Gary Nixon

Faleceu, aos 70 anos de idade, devido a complicações cardíacas, uma das mais importantes figuras do motociclismo desportivo americano: Gary Nixon.

Considerado um dos pilotos mais "cool" de sempre, Gary foi duas vezes AMA National Champion e uma figura incontornável das equipas Triumph dos anos 70 nos Estados Unidos.

Rest In Peace.

3 de agosto de 2011

2 de agosto de 2011

A crise, ou um sinal dos tempos?

O fim de semana até correra bem para as cores da Yamaha. Embora sem nenhuma vitória, a marca colocara os seus dois pilotos no pódio, em ambas as mangas da nona jornada do Mundial de Superbikes deste ano, em Silverstone.

Eugene Laverty, um piloto em quem se deposita grande esperança para o futuro fora segundo e comandara ambas as mangas, Marco Melandri que vinha de duas vitórias nas quatro últimas mangas, fechou o pódio. O italiano foi mesmo dos pilotos mais falados durante o fim de semana pois vira o seu contrato automaticamente renovado com a marca por ocupar uma posição nos três primeiros do campeonato a 31 de Julho... Era a primeira vez em quatro anos que Melandri não teria de mudar de equipa. Era a primeira vez, desde 2008, que a equipa Yamaha em SBK ía manter os seus pilotos duas época seguidas.

Tudo parecia correr bem; e no entanto... A 1 de Agosto, no dia a seguir à prova inglesa, a Yamaha divulgou um comunicado em que anunciou o seu abandono do campeonato de motos derivadas de série, justificando este medida com um reenquadramento da sua estratégia de marketing para a Europa. Em português que todos percebam, devido à enorme quebra de vendas das motos super-desportivas no Velho Continente, a marca vai deixar de gastar as verbas que investia na manutenção dos programas desportivos, limitando-se a fornecer material a equipas privadas.

Por isso, entendemos que, mais que um reflexo da crise que a economia mundial atravessa e dos dias difíceis que afligem a zona Euro, e também o Japão, esta medida enquadra-se numa redefinição de estratégias comerciais das grandes marcas que deixam de ver nas corridas um bom investimento dado que estas não têm consequência nas vendas do dia a dia. Na semana anterior à corrida de Silverstone, alguma imprensa italiana deu conta de um possível abandono da Aprilia no final da próxima época (se não antes...) motivada exactamente pelas mesmas razões. As vendas em stand da RSV4 estão muito aquém do esperado, apesar de se tratar de uma moto comprovadamente eficiente e... Campeã do Mundo!

Por outro lado, com o aproximar das regras do MotoGP às motos de série (vai passar a ser possível utilizar blocos de série e a cilindrada sobe para 1000 cc, ou seja, a cilindrada das tetracilíndricas desportivas que correm nas SBK... e este tema dava outro artigo), as marcas não vêem necessidade de gastar dinheiro a manter programas desportivos e desevolvimento tecnológico em paralelo, preferindo, quase de certeza, concentrarem-se no MotoGP que é muito mais impactante em termos de marketing e funciona melhor como laboratório de tecnologia pois as fronteiras estão num horizonte mais distante do que as restrições impostas às motos derivadas de série.

O mesmo caminho parece estar a seguir a Suzuki (aí com problemas acrescidos, pois durante décadas, os seus produtos âncora foram as motos super-desportivas) e não nos espantaria se a Honda seguisse a mesma via. Só a Kawasaki parece estar verdadeiramente contra a corrente.

Talvez seja cedo para afirmá-lo, mas o desporto motorizado de duas rodas pode estar à beira de uma grande reforma, na qual campeonatos e classes vão desaparecer abrindo novas vias para o futuro.