14 de maio de 2009

O que falta aqui?

Tive alguma dificuldade quando, ao chegar hoje à redacção da MOTOCICLISMO, me fizeram a pergunta sacramental sempre que alguém regressa de uma apresentação: “então, que tal a moto?”

Na verdade, não soube responder, nem muito bem, nem à primeira. A nova Triumph Thunderbird 1600 não causou em mim aquela agradável sensação de muitas outras apresentações. Esteve muito longe do impacto tremendo que teve sobre mim a primeira experiência de condução da Rocket III, por exemplo.

Certo, a moto é boa, tem um motor cheio, com força, disponível desde sempre, trava bem, apresenta suspensões dignas, foi desenhada pelo californiano Tim Prentice e é bem mais bonita (e compacta) ao vivo do que em (certas) fotos. O que tem de melhor é o seu comportamento dinâmico, especialmente a precisão do trem dianteiro e a absoluta neutralidade de todo o conjunto ao curvar e “contra curvar”. Pouco se notam o seu peso e volume, mesmo com “tudo” a roçar no chão… Não foi por acaso que a apresentação mundial da moto se fez nas estradas mais sinuosas da Catalunha.

Tentei explicar tudo isto e fiquei com a ideia de que não cheguei à essência da moto. Não sei se conseguirei fazê-lo ao escrever o teste para a edição de Junho. Claramente, esta nova Thunderbird é uma moto boa a que falta um rasgo de atrevimento ou loucura.

ps: importa dizer que também andei na versão com o kit de aumento de cilindrada (para 1700cc) e com escape mais aberto… e essa sim, já “disse” qualquer coisa.

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