15 de agosto de 2009

Farewell V-Rod

A V-Rod foi a minha primeira Harley-Davidson e não será, muito provavelmente, a última. Conhecemo-nos "pessoalmente" no Salão de Paris de 2001, onde me enamorei à primeira vista pela nova proposta da casa de Milwaukee.


A V-Rod não era só uma moto com uma estética arrebatadora, diferente de todos os cânones da marca até então. A V-Rod era ainda - e principalmente - uma verdadeira revolução no conceito da marca aos 99 anos de vida. A primeira com um motor de refrigeração líquida, 115 cv, um comportamento entusiasmante, apesar das limitações impostas pela sua arquitectura.


Adquiri em 2002 uma das unidades que constituíram a primeira fornada de V-Rods a chegarem a Portugal. Partilhámos alguns bons momentos de que recordo especialmente a participação no encontro Km0 em Madrid, onde fui sozinho, correspondendo a convite do amigo Victor Romero e da sua simpática esposa, a as idas ao Fun & Sun que a American Motorcycles brilhantemente organizava em Monte Gordo. Fui também numa V-Rod, que não a minha, à celebração dos 100 anos da marca americana, em Barcelona, ocasião em que conheci pessoalmente Willie G. Davidson e com quem troquei algumas interessantes impressões sobre o significado da V-Rod para a Harley-Davidson.


Mas, nos últimos anos, a V-Rod foi-se transformando mais e mais numa moto de "ir ao café". Um luxo, quando havia outra necessidades (como motociclista) para serem preenchidas. Menos emocionais reconheço, mas bem mais lógicas.


Não tenho qualquer dúvida: fosse eu mais abonado financeiramente e a V-Rod (até pelo seu significado histórico) seria moto para guardar. Infelizmente, a vida não é sempre como gostaríamos que fosse e há que manter os pés bem assentes na terra.


Obrigado V-Rod.
Obrigado Harley-Davidson
Obrigado American Motorcycles (Manuel Olaio, Manuel João e todo o staff) pela fantástica experiência.

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