28 de setembro de 2009

Simoncelli deu-se bem

Não sou particular admirador do rapaz. É rápido, é determinado, mas, de quando em vez, funde-se-lhe um "fusível". Mas há que reconhecer que Marco Simoncelli deu-se bem com a sua "aventura" nas Superbikes, este fim de semana em Imola, com sabor a prenda de despedida do grupo Piaggio (corre pela Gilera em 250cc e vai para a Honda-Gresini, em MotoGP, na próxima temporada).

Simoncelli esteve desde o início da semana aos comandos da RSV4. Primeiro em Mugello, nos testes aí realizados, e depois já em Imola, circuito exigente onde o italiano nunca correra. Como nunca correra com uma moto a quatro tempos.

Na primeira manga, caíu, traído pela "frente". Uma SBK é uma moto bem mais pesada que uma "dois e meio" de GP. Na segunda manga, depois de uma ultrapassagem atrevida ao "companheiro de equipa" Biaggi, conseguiu subir ao pódio, contribuindo para aí colocar três motos italianas (quatro nas quatro primeiras posições). Notável.

Também gostei de ver Simoncelli viver esta "experiência" por me trazer à memória os tempos em que os pilotos gozavam de mais liberdade e, amíude, faziam estas viagens entre campeonatos. Corriam em Grandes Prémios, mas íam às 200 milhas de Imola, ou a Daytona, ou faziam uma "perninha" na resistência... Hailwood corria provas nacionais ao mesmo tempo que disputava o "mundial".

Hoje, com os pilotos "atados" a contratos com marcas e patrocinadores, estas "aventuras" são quase impossíveis de repetir. Imaginam Rossi, Spies e Lorenzo a partilharem uma R1 nas próximas 24 Horas de Le Mans? Ou Hayden e Stoner a correrem Daytona pela Ducati?... Que bonito seria!

(Entretanto o WSBK está ao rubro, com Haga de novo na frente de Spies. Cheira-me que a coisa só se resolverá em Portimão).

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