Morreu, não sei porquê, o Gabriel. Encerrado no seu mundo, talvez. Mas tão distante do talento que nos serviu, da fina ironia e da vontade indómita que o movia.
Foi o “meu” fotógrafo durante mais de uma década. Partilhámos milhares de quilómetros, centenas de horas de trabalho, sucessos e fracassos. E a dor da partida do Armando que connosco iniciara a publicação da Motociclismo.
Era um romântico e um sonhador. Dava-se mal com o jogo, nem sempre transparente, das hierarquias, com a frieza empresarial, com a "gestão dos departamentos". A vida não lhe foi fácil. Merecia ter tido melhor sorte. Não sei se fizemos tudo para o manter entre nós. Nunca saberemos.
Ps: tentei ilustrar este post com uma foto do Gabriel. Reparei que não tenho nenhuma. Afinal, era sempre ele que estava atrás da lente.
Ps2: a Motociclismo fez-me chegar esta foto, feita po rele próprio por ocasião do primeiro aniversário da revista, em 1992.
R.I.P.
ResponderEliminarForça para a familia e amigos.