6 de maio de 2012

Atrás de tempo, tempo vem

Em 2012, como em 2011, Miguel Oliveira falhou a possibilidade de obter um resultado à altura do talento já evidenciado nos dois Grandes Prémios onde mais factores tinha a jogar a seu favor: Jerez e Estoril. Na pista espanhola, duas quedas; na pista portuguesa, episódios bizarros que não podem acontecer a este nível num conjunto piloto/moto/equipa que podem lutar pelo título e que discutem os primeiros lugares nas qualificações de cada grelha e os lugares cimeiros de cada corrida.

O pior que podia acontecer ao Miguel nesta altura é começar a passar a ideia de que se trata de um piloto que falha nos momentos em que não pode falhar. Deixemos à sorte (ou falta dela) a explicação dos acontecimentos. Mas todos os que rodeiam o Miguel e o apoiam incondicionalmente devem reflectir profundamente sobre este conjunto de (infelizes) resultados. É que o Moto3 pode ser uma entrada, um início de etapa, mas é já um palco de excelência onde os erros se pagam caros. Se o Miguel não conseguir "manter-se à tona" numa categoria onde as "fornadas" de talento são constantes e algumas fortemente apoiadas, será rapidamente trucidado. E ninguém quer isso.

"Atrás de tempo, tempo vem" e por isso, depois desta dupla jornada andaluzo-lusitana será importante recolocar os contadores a zero, levantar a cabeça e seguir em frente. Com a determinação de sempre, ou ainda maior. E pode ser já em Le Mans.


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