Os países mais prósperos têm no fomento da prática desportiva um importante pilar do desenvolvimento da sociedade. A política cultural e desportiva "obriga" a que as boas práticas comecem nas escolas.
Em Portugal, não. As artes e o desporto são encarados como "coisas menores", um inconveniente até. Veja-se o caso do desporto. Ao mesmo tempo que se assiste a uma histeria colectiva - fortemente apoiada numa comunicação social igualmente histérica - na adoração do deus Ronaldo (que é um mero fruto do acaso), faltam políticas, infraestruturas, técnicos e dirigentes capazes. Sem pavilhões, sem campos, sem ringues nunca teremos qualquer hipótese. Não de criarmos Ronaldos, mas de termos melhores homens e melhores cidadãos.
Mas entre nós - um país com escassos recursos hídricos e, por isso, quase totalmente dependente de Espanha - os campos de golfe medram como cogumelos. O mais recente exemplo é o do Complexo Desportivo do Jamor que rodeia o Estádio Nacional. Esta espaço devia ser exemplo e dispor de infraestruturas que estivessem ao dispor da população, das associações, clubes e federações. Apresenta nem uma dúzia de campos saturados pela ocupação, uma pista de tartan (para além da do Estádio) e uns quantos "courts". Diz-se agora que vai ter um campo de golfe (ligado, ao que consta, a um empreendimento urbano-turístico).
Era mesmo o que estávamos a precisar.
V.S. nem tu sabes que já há pós-graduações em Golfe, aqui na faculdade já só falta mesmo uma licenciatura e mestrado em golfe!
ResponderEliminarJ.A.