Tal como escrevi aqui ontem, o piloto de Palma de Maiorca conhece, como nenhum outro, os caminhos da pista portuguesa. Veja-se a forma decidida e rápida como ganhou tempo sobre os rivais. Como os deixou para trás num piscar de olhos, como à terceira volta estava a bater o recorde do circuito (que depois seria novamente batido por Pedrosa).
Mas esta corrida decidiu-se nos treinos. Lorenzo conseguiu a afinação certa para a sua moto mais cedo e melhor. Rossi baralhou-se por completo. Ao não conseguir afinar convenientemente a sua moto em tempo útil, Rossi teve uma das mais fracas actuações da temporada e saíu cabisbaixo. As "máquinas" também falham.
Grande regresso de Stoner. Podia o australiano ter feito melhor? Não, com "este Lorenzo" e com malapata das Ducati no Estoril, o Stoner que esteve três provas ausente do "mundial", não poderia ter feito melhor hoje. Mas que bom que foi vê-lo de novo confiante e sorridente.
45.000 pessoaos aplaudiram tudo isto.
Entretanto, numa outra galáxia, em Magny Cours, Spies e Haga adiavam para Portimão (YES!...) a decisão final. O duelo da primeira manga, até à bandeirada de xadrez, foi do melhor que já vimos este ano.
Enquanto espreitava o "streaming" de Magny Cours no site das SBK e seguia as corridas do Estoril na sala de imprensa, particularmente a de MotoGP, na qual à segunda volta as cinco primeiras posições estavam definidas, não pude deixar de pensar para comigo, o que estaria a acontecer nos milhares de lares onde o motociclismo é vivido intensamente em frente à televisão... bom, e a conclusão não foi difícil. Pelo menos hoje, ainda bem que houve Superbikes.
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