Paolo Flammini continua a ser a cara e alma do Campeonato do Mundo de Superbike (e Supersport). A sua determinação na defesa dos interesses do "seu" campeonato tem-lhe valido uma profunda admiração por parte de muitos agentes envolvidos nestes campeonatos, nomeadamente ao nível das marcas, patrocinadores e organizadores de corridas. Falámos brevemente com ele durante um encontro com a imprensa no circuito de Portimão. Eis o que de mais significatiivo ficou dessa conversa.
Apesar da crise
"Temos de estar satisfeitos quando, à partida para mais uma temporada, verificamos que há seis ou sete pilotos candidatos a discutir o título entre si e pelo menos 10 ou 12 com francas hipóteses de ganhar corridas. Gostava de salientar que este tipo de participação é muito bom para a classe, pois é uma garantia de qualidade de espectáculo e de participação de pilotos, equipas e marcas, o que se reflecte igualmente na projecção do campeonato localmente e através dos media, principalmente através da televisão."
Mais televisão
"Por falar em televisão, recordo que revimos o nosso acordo com o canal Eurosport que aumentará o seu nível de envolvimento com as Superbike, em todos os campos, tanto de qualididade como de quantidade, horas de emissão e nível de cobertura. Posso dizer que se sentirá uma grande diferença entre aquilo que foi a cobertura de 2009 e o que será a de 2010."
Fusão com o MotoGP
"Nos negócios e na vida há dois tipos de solução para os problemas: há soluções de pânico e soluções de estratégia. A hipótese da existência de um só campeonato de topo no motociclismo (ndr: que algumas pessoas, incluindo jornalistas de renome, sugeriram no ano passado como forma de combate à crise) parece uma solução de pânico. Nunca uma solução estratégica. E soluções rápidas podem criar problemas. É claro que devem existir dois campeonatos, pela divulgação da própria modalidade; repare-se no que acontece com o futebol que está 365 dias por ano nas nossas vidas através dos media. Quando não é o mundial, é o europeu, ou a taça das confederações, o mundial de clubes, ou a champions league, ou... A solução para promover a modalidade é aumentar o numero de eventos, não reduzi-lo. O MotoGP e o Mundial de SBK são duas jóias do motociclismo, que devem ser encaradas com respeito e devidamente acarinhadas nas suas diferenças. Senão, teremos um problema."
Conflito de regulamentos com o MotoGP
"Já expressámos à FIM a nossa preocupação relativamente ao que serão as regras do MotoGP com o regresso aos motores de 1000cc. O que se sabe é pouco, mas do que se sabe nada representa um conflito de interesses com a nossa classe. Nunca haverá qualquer problema desde que a máquina que irá correr em MotoGP seja um protótipo. A FIM compreende e aceita o nosso ponto de vista. Se assim for estaremos todos satisfeitos."
Moto2 e Supersport
"Verificámos que não houve uma fuga em massa de pilotos do mundial de Supersport para o Moto2, como alguns chegaram a temer. E isso não aconteceu porque foram respeitadas as diferenças. O Moto2 é uma fórmula disputada com protótipos, o mundial de SSP é-o com motos derivadas de série. Esta classe poderá ser muito mais afectada por condições de mercado do que pela fuga de pilotos para Moto2. Vamos ter 21 pilotos na grelha, mais 'wild-cards', não me parece mal e tenho a certeza que em 2011 voltaremos a crescer."
Parabéns Vitor, está excelente!
ResponderEliminarQuem sabe nunca esquece não é.
ResponderEliminarParabéns Vitosr
PFF continua....