1 de maio de 2011

Fez-se História

Pela primeira vez, um piloto português saíu da fila da frente da grelha numa prova do Campeonato do Mundo de Velocidade, feito obtido ontem por Miguel Oliveira ao qualificar-se com a terceira melhor marca nos treinos de 125cc. Hoje, o Miguel acabou a corrida no sétimo lugar, batendo o melhor resultado anterior de um piloto português em provas do Mundial, Nuno André, 10º no GP de Espanha em 1973, em 250cc.

O Miguel conseguiu tudo isto na terceira prova do Mundial em que alinha.

Face ao resultado dos treinos, talvez houvesse quem esperasse uma melhor performance por parte do nosso único representante no palco maior da modalidade; talvez alguns quisessem vê-lo, no lugar de Zarco, a discutir o pódio com Viñales. Mas isso seria injusto. Ninguém pode exigir mais ao Miguel porque ele já nos dá o que, provavelmente, qualquer outro no seu exacto lugar teria dificuldade em oferecer. O Miguel é sério, concentrado, profissional, decidido e talentoso. Isso chegará para o levar onde todos o queremos ver no futuro.

É cedo para deslumbramentos e desapontamentos. Deixemos a História seguir o seu caminho.

Obrigado Miguel. És o nosso orgulho.

2 comentários:

  1. Amigo, acompanho as corridas de longe (Brasil) e não entendo a diferença tão grande entre o motociclismo português e o espanhol, já que são países tão próximos geograficamente e históricamente. Entendes isso? Há alguma razão lógica que eu desconheça?
    De qualquer maneira, parabéns ao Miguél Oliveira.

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  2. Amigo, há duas diferenças substanciais: Espanha tem uma grande tradição de desporto motorizado, especialmente nas duas rodas e Portugal não. Tem muita aficción, mas nunca teve indústria ou patrocinadores fortes para projectar a modalidade e os seus praticantes. Depois, Espanha é um país grande e rico (apesar da crise actual); Portugal é um país pobre, sem indústria, nem pescas, nem agricultura. Só o turismo nos podia "salvar" e até aí não conseguimos ser competitivos porque a qualidade do serviço é, globalmente, mau.

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